O Último Exorcismo
por Alexandre Carlomagno (alexyubari@yahoo.com.br)
O cinema é uma linguagem, logo, todo filme faz uso dessa linguagem para contar uma história – isso é óbvio. No entanto, vez por outra alguém resolve misturar as coisas. Por exemplo, o que vem acontecendo com o gênero terror pós-Bruxa de Blair: para aproximar ainda mais o espectador de uma trama aterradora é feito o uso da estética documental. Ficção mais documentário, teoricamente, assusta mais. Em alguns casos funciona, mas neste O Último Exorcismo não apenas isso não acontece como a junção desses dois aspectos cinemáticos falha miseravelmente.
Enquanto terror, os sustos são previsíveis e o que o diretor Daniel Stamm provavelmente deve chamar de preparação de atmosfera eu senti como uma prolixidade que culmina no óbvio e, consequentemente, no enfadonho. Tudo bem, o protagonista Cotton Marcus é mesmo interessante, fora que o ator Patrick Fabian é muito carismático, mas ao roteirista ele é uma mera ferramenta narrativa que conduz aos (tsc) sustos. Fora isso, a trama pode até funcionar em alguns momentos, principalmente no que diz respeito à gravidez de Nell Sweetzer (Ashley Bell), a “possessa da breca”, mas a resolução é de tamanha estupidez que fica difícil não cair no riso ao término do filme.
Mas o que realmente chama atenção em O Último Exorcismo é a narrativa documental. Completamente equivocada e subestimando o espectador mais perspicaz, ela dá um tiro no próprio pé por: 1º) em eventos de tempo presente, corrido, como no exorcismo dentro do que parece ser um celeiro, de que maneira é possível haver tantos cortes sendo que eles utilizam apenas uma câmera? 2º) o uso de músicas para manipular o espectador torna o suposto “documentarista” num tremendo filho da puta, já que ele estaria transformando aquele evento “real” num espetáculo; e 3º) a narrativa cresce gradativamente como num filme convencional de suspense, com entrevistas alegres da família de Cotton no início para contextualizar o personagem – que tipo de documentarista não vai atrás da repercussão do caso, ou mesmo da família, que sem mais nem menos é jogada a escanteio?
Como podem perceber, seja como terror ou suposto documentário, a única proeza de O Último Exorcismo é conseguir errar lamentavelmente nas duas abordagens – e olha que, pra agravar ainda mais a situação, é feito uso de efeitos especiais campestres. Mas no final nada disso interessa, pois os misteriosos cortes com uma só câmera servem para dar o dinamismo necessário a um filme que custou pouco mais de 1 milhão e arrecadou tantos outros mais.
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