Sempre fui apaixonada pelos vilões (ou pelos transgressores) dos filmes. Por que os bad boys ou bad girls (do cinema, da música, ou mesmo na vida real) fascinam tanto? (Penny Lane)
Bad boys e bad girls sempre estiveram entre os personagens mais queridos da ficção, seja no cinema, na literatura, na música etc. É o contraste com o personagem “bonzinho”, que não tem defeitos (salvo uma ou outra insegurança sobre se realmente ele é o “herói” que todos esperam que seja). O bad boy impõe respeito, sabe o que quer e não se deixa intimidar (ou pelo menos nunca se mostra intimidado…) Bad girls, então, serão sempre misteriosas, mulheres fatais, que botam qualquer homem aos seus pés. São personagens que não se revelam por inteiro, preferindo quase sempre mostrar uma faceta agressiva. Não que sejam rasos ou desprovidos de conflitos, mas geralmente não expõem suas fraquezas para qualquer um. E cá entre nós, o próprio fato de agir como “mau”, de colocar-se em confronto com a sociedade e suas regras, já parece um defeito em si, o que dá o charme necessário ao personagem.
Sejam vilões ou anti-heróis, os badasses* acabam conquistando justamente por serem “do contra”, jamais se curvando ao que não lhes interessa. É a cultura da transgressão. Qual menina nunca suspirou pelo Sawyer de Lost, preferindo-o mil vezes ao médico bom moço Jack (por mais que ele tenha se esforçado em parecer mau também)? Qual marmanjo nunca babou rios pelas femmes fatales** do cinema, seja uma espiã dos filmes do James Bond ou mesmo Jessica Rabbit, a personagem de desenho animado mais curvilínea de todos os tempos? Claro, no caso das bad girls, o segredo é saber aliar o olhar fatal ao aspecto frágil, demonstrado sutilmente em momentos escolhidos a dedo, geralmente quando ela está sozinha com o herói. A contradição entre a sensualidade e a fragilidade femininas é um dos arquétipos mais explorados em todas as culturas humanas. É só olhar para o universo da música, principalmente no cenário da música pop, tendo Madonna como referência mor (todas as outras são cópias baratas).
No mundo real, bad boys e bad girls não são tão estereotipados assim, mas bem que existem alguns que tentam. O problema maior é que, na ficção, a história já está contada, todos os atos de cada personagem tem as suas consequências estipuladas pelo autor, assim como suas relações, seus vícios, dores e amores. Ou seja, um personagem badass só fará mal a quem o autor quiser, todos os seus atos são medidos de acordo com a condução da história. Na vida real, não funciona assim. As consequências de nossos atos não seguem apenas uma lógica individual, a sociedade é muito mais complexa do que uma obra de ficção. Então fazer cara de mau para todo mundo, chutar o cachorro, quebrar o balcão do bar e entupir-se de drogas sortidas pode ter consequências bem piores do que despertar o respeito e a admiração da pequena groupie, que se arrepia toda quando chega perto de seu ídolo roqueiro. Mal sabe ela que ele também é um personagem, muitas vezes construído por outras mentes que não a dele mesmo. O problema é justamente quando se acredita demais na fantasia.
*badass, expressão em inglês que indica uma personalidade agressiva
** femme fatale, expressão em francês, literalmente significa “fêmea fatal”
*** a expressão em inglês Bad to the Bone, vista no título, significa “mau até o osso”, e é o nome de uma canção de George Thorogood and the Destroyers
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