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Eram os deuses astronautas? (título do livro mais famoso do escritor suíço Erich Von Däniken)
O Monge gosta muito deste livro. Não que concorde necessariamente com todas as teorias formuladas, mas a temática apresentada é um delicioso convite à imaginação.
O livro de Erich Von Däniken, lançado em 1968, traz a ideia de que muitos dos deuses das civilizações antigas eram entidades de outro planeta, ETs em um contato mais próximo com a raça humana do que hoje. A “prova”? Grande parte dos monumentos antigos que até hoje intrigam pesquisadores e curiosos. Foi daí que surgiu a ideia de discos voadores e tecnologias alienígenas envolvidos na construção das pirâmides, nas linhas e desenhos gigantescos do deserto de Nazca, no Peru, na formação circular de Stonehenge, na Inglaterra, e por aí vai. Uma piração total.
Hoje em dia quase todas as teorias de Von Däniken são consideradas furadas. Não há prova científica de que já tivemos contato com seres de outro planeta, em momento nenhum da civilização, nem mesmo na atualidade (hum… na verdade não há prova científica divulgada ao público, mas isto já é outra história). O fato é que o livro Eram os deuses astronautas? caiu como uma bomba transcendental no colo da sociedade dos loucos e místicos anos 60, “abrindo a cabeça” para a possibilidade de não estarmos sozinhos no universo. E nem ao menos sozinhos no planeta, já que não se tratava mais de objetos voadores no céu, mas sim de ETs que pousaram seus discos e ensinaram suas filosofias e tecnologias para diversas civilizações. E este quadro ainda perdura no imaginário coletivo, mesmo depois de passados os efeitos lisérgicos da década de 60.
Mas então, o que o Monge pensa da pergunta do livro? Os deuses eram ou não eram astronautas? Hoje a ciência diz que não, já obtivemos explicações plausíveis – e humanas – para a construção de diversos dos monumentos citados por Von Däniken. E eu estou com ela, simplesmente porque a ciência ainda é o artifício mais confiável para a compreensão do universo. Mas como dizia o astrônomo Carl Sagan, “ausência de evidência não é evidência de ausência”. Tanto que ele, um lendário cético e defensor da ideia de que UFOs* não existem, foi um dos idealizadores do projeto SETI, que busca sinais de vida inteligente fora do sistema solar. Ou seja, podemos não acreditar em discos voadores e ETs construindo as pirâmides, mas o universo é tão grande, e as possibilidades tão infinitas, que nunca é demais continuar procurando.
* sigla para a expressão em inglês Unknown Flying Object; em português, Objeto Voador Não Identificado, ou OVNI.