A incansável tecla da responsabilidade será pressionada de novo. O problema das enchentes em Ribeirão Preto está cada vez mais com aspectos de “bola de neve”. É um acúmulo de falta de responsabilidade dos dois lados: povo e governo.
Do lado do governo, o problema já é conhecido: obras públicas mal feitas, maior preocupação com consequência em detrimento da causa, etc. Este artigo não precisa dizer isso, muitos outros veículos de comunicação já o fazem diariamente.
Já do lado do povo, não são todos os veículos que tem a possibilidade de lembrar a responsabilidade do cidadão quando essa é árdua demais, dado que tal atitude poderia provocar uma indisposição de seus leitores que, consequentemente, provocaria uma queda nas vendas e anúncios.
Pois é, a tarefa é árdua da nossa parte (povo). Lutarmos por nossos direitos nos louva como cidadãos mas nos obriga a arcar com os deveres, que também são tão difíceis quanto às reivindicações as quais aspiramos.
Jogarmos lixo no chão como se a calçada fosse a lata do lixo não ajuda em momento algum, o que dirá em épocas de torrentes como as atuais. Talvez fosse a hora de tratarmos as ruas igual tratamos nossa casa, ou seja, com esmero (capricho).

Nova atração em Ribeirão Preto: Cachoeira na Rua Casemiro de Abreu (disponível apenas em dias de chuva)
Bueiros e sarjetas (e obviamente as calçadas) não são lata de lixo. Vamos ao dicionário: segundo o dicionário Caldas Aulete, o bueiro é uma “abertura no meio-fio ou na sarjeta de uma rua, de uma estrada, ou sua caixa de ferro ou a tampa de ferro gradeada que a guarnece, por onde escoa a água da chuva para o esgoto de águas pluviais”. Não há nenhuma citação da palavra “lixo” como podem ver. Se jogarmos o lixo no bueiro, o local que deveria escoar a água da chuva estará entupido e não poderá exercer sua função primordial, e por consequência colaboraremos para cenas semelhantes a essas abaixo: