Em um lava rápido lá pelos lados do Jardim Paulista em Ribeirão Preto, o dono do estabelecimento tem uma cadela vira-lata consideravelmente independente, a Luna. A danada vive livre e solta pela vizinhança, sem coleira. Na frente do lava rápido tem um açougue (exatamente, péssima combinação de fatores com péssimas previsões de desfechos) e nesse açougue acontece uma reforma das grandes (daquelas com muita areia e pedras).
Eis então que chega o fim do expediente dos dois locais e, cada um à sua maneira, fecha as portas (não se esqueça da Luna). Dia seguinte: o dono do açougue chega e vê uma festa de areia espalhada pelas ruas com as incriminadoras pegadas da vira-lata.
Injuriado, o dono do açougue vai até o outro lado tirar satisfações com o proprietário da infame canina:
– Ô rapaz, olha o que sua cadela fez com a minha areia! Você não tem controle nenhum sobre seus cachorros não?
Pensativo, o dono do lava rápido dá sua réplica:
– Você tem provas que foi ela?
Sem titubear o açougueiro já manda:
– Olha lá as pegadas, só pode ser dessa cadela descontrolada!
Com a cabeça balançando positivamente, de modo a concordar com o mestre das carnes, o lavador de carros fala:
– Ok, então faz assim; O nome dela é Luna; Conversa com ela e dá a enxada na mão dela e manda ela arrumar o serviço…