Pizza simples

 Posted by at 11:58 pm  T.I.
fev 102010
 

Você acredita em promessas de grandes mudanças nas áreas alagadas do país? A questão é mais complicada do que cada um imagina. Os “grandes” políticos que fazem parte da administração desse país só sabem discursar e na hora de colocar as atitudes para valerem à pena, lá vai mais uma história. O forno esquenta e sai a pizza.

A situação é tão catastrófica que só quem vivencia sabe os sentimentos que escoam naquele mar de desespero. Pessoas choram pela perda de suas conquistas. A luta foi grande para adquirir seus bens, mas em cinco minutos tudo se despede e vai embora numa queda d’água. O descaso é constrangedor. A população é tratada como os ratos mortos que bóiam na água suja da correnteza.

Tudo se torna estado de emergência, mas o engraçado é lembrar da época das eleições onde o povo tinha valor. Sopas de letrinhas eram jogadas em campanhas eleitorais com diversos sabores. Cada um focava uma área. Mas e agora? Os ingredientes da sopa se foram e nem o caldo pode ser feito, ou melhor, ninguém abre a boca para explicação ou resolução alguma. O povo brasileiro vai mais uma vez digerir as letrinhas de políticos que estão agora na vida boa do apartamento de luxo. Esse é o nosso país, o grande Brasil! Quem sabe um dia decretem estado de calamidade em Brasília.

fev 102010
 

Um assunto atormentou minha cabeça neste último domingo (7) ao ponto de atrasar meu sono: a criogenia! Quer dizer então que pela “bagatela” de 352 mil dólares (apenas duas empresas no mundo realizam o “possível pseudo-funeral”, e elas são americanas) eu posso congelar meu corpo e esperar que um dia eles consigam inventar uma maneira de me ressuscitar? Especulava-se que o corpo de Walt Disney estaria entre os picolés de osso e pele, mas tal ideia foi descartada pelo presidente de uma das empresas. Mas já imaginou se ele estivesse congelado? Ou melhor, já imaginou se o descongelassem hoje? O que será que o criador de clássicos como A Branca de Neve e Dumbo acharia dos desenhos realizados hoje no Japão? Ou ainda, o que ele acharia dos rumos que sua empresa tomou, com desenhos animados em 3D que jogaram o 2D a escanteio, e a primeira protagonista negra de um de seus desenhos? Será que hoje, com a força avassaladora com a qual a mídia ataca as celebridades nós descobriríamos um lado racista no criador do Mickey? Ele está jantando – afinal, após uma soneca de 44 anos ele estaria com fome – e um paparazzi disfarçado de garçom consegue gravar uma conversa sua, em que diz ser inadmissível tal cor em um desenho da Disney! Quais seriam as reações de Walt Disney defronte a mídia sensacionalista que cercam os diversos famosos de hoje em dia?

O fato é que a população sempre alimentou uma vontade de conhecer o íntimo dos artistas, desde a invenção do jornalismo. A diferença é que antes o artista resguardava certa privacidade, por parte, devido a falta de tecnologia nas mãos dos jornalistas, sendo que hoje eles são filmados em pleno coito dentro do mar e no minuto seguinte são vistos por milhões de pessoas através da internet. A mídia matou o astro! No começo do século passado, atores como Charles Chaplin, Clark Gable, Greta Garbo, James Stewart, Grace Kelly, Jean Arthur e tantos outros não recebiam a alcunha de astros e estrelas à toa. Quando um personagem transitava por entre cortes, closes e fade out naquela gigantesca tela, onde suas imagens eram projetadas, a fascinação causada no indivíduo que assistia minúsculo em sua cadeira era tamanha que transgredir tal barreira imposta pelo cinema era possível apenas através da imaginação. Em outras palavras, a imagem gigantesca que dança pelas luzes do projetor era a maior referência que a população majoritária tinha sobre seu ator ou sua atriz; era algo inalcançável, intocável. Sim, por causa da mídia foi possível descobrir que Chaplin e Carlitos não dividiam a mesma índole. Mas parte da magia intrínseca ao cinema está no não dito, em nossas mentes, na imaginação. Uma coisa é a mídia querer enxergar, outra é querer usufruir das celebridades. A mídia desconstrói e destrói corpos astrais assim como os concebe – visto as “Lindsays Lohans” bastardas que perambulam pelo cinema – e no final, acredito eu, o Walt Disney descongelado provavelmente descarregaria uma pistola em sua cabeça, sem o menor medo de ser feliz.

por Alexandre Carlomagno (alexyubari@yahoo.com.br)

http://cinemorfose.wordpress.com/

fev 102010
 

A Cidade

Medo da violência ‘suspende’ entregas no Parque Ribeirão

CI – Só lá?

Gazeta Ribeirão

Ribeirão Preto tem a frota per capita maior que as 27 capitais

CI – Não dá mais!

Folha de São Paulo

Mínimo em SP sobe acima do previsto

CI – Para comprar bóia!

O Estado de São Paulo

Criticado, Brasil volta a defender diálogo com Irã

CI – Nada como uma boa conversa.

O Globo

O ano da marolinha – Lucro de bancos e desemprego na indústria batem recordes

CI – Indecente.

Correio Braziliense

Servidor terá tíquete de R$ 304

CI – Mais feijão na água.

Valor Econômico

União dará incentivo fiscal à produção de fertilizantes

CI – Com décadas de atraso.

Jornal do Brasil

Emprego na indústria teve o pior desempenho desde 2002

CI – Excesso de cautela.

Estado de Minas

Possível vítima do serial killer ficou `esquecida` no Instituto Médico Legal

CI – Falta de respeito.

Zero Hora

Para atrair o PDT, Fogaça admite apoiar Dilma

CI – Toma lá, dá cá.

CI – Comentário Inconfidente

fev 102010
 

Sá, Rodrix e Guarabyra também devem ter passado por isso. Violão em punho, uma pequena platéia composta em sua maioria de amigos, cordas dedilhadas em busca de uma música que anime e seja reconhecida pela maioria, que cantem junto o refrão ou pelo menos arrisquem cantarolar a melodia. Mas tudo que vem na memória são as músicas desconhecidas do Caetano, as mais tristes baladas de Chico Buarque e uma saraivada de rock rural dos anos 70. Sem falar na variedade de músicas incompletas, harmonias desconhecidas e colagem de letras inverossímeis, um apanhado de sons que se confundem e fazem o cantor sentir-se uma calopsita que mistura “Atirei o Pau no Gato” com o hino do Botafogo.

A música é uma arte em constante expansão. Desde que o mundo é mundo o ser humano vive e respira as melodias ao seu redor, fazendo-o querer reproduzi-las e criar as suas próprias. Mas não somos todos músicos por natureza, e é fato visível que alguns possuem mais talento do que outros. E geralmente destacam-se de tal forma que não há caminho mais óbvio na escolha da profissão. Mas fora estes e aqueles incrivelmente desafinados (e sem ritmo), há uma quantidade considerável de pessoas comuns que gostam de soltar a voz e brincar com algum instrumento. Podem não criar seus próprios sons, mas sabem de cor as suas canções favoritas.

De cor? Às vezes parece que o peso do violão suga completamente a memória musical, a ponto de não lembrarmos nem mesmo da existência de uma canção que passou o dia inteiro pela cabeça. Como é mesmo aquela do Rappa? E Djavan, eu sei alguma? Se eu tocar Luiz Melodia, o pessoal vai gostar? A memória, ao invés de seletiva, torna-se aleatória.

E não mais que de repente, vem na lembrança os acordes de uma música do Calypso. É hora de passar o violão para o amigo mais próximo.