E o prêmio vai para…

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fev 022010
 

Estamos no começo de mais um ano, é início de fevereiro e o cheiro de metal folheado a ouro já atiça toda a comunidade Hollywoodiana. Sim, é temporada de caça aos produtores, diretores, atores e companhia limitada – é época de premiações. Muito glamour, tapete vermelho, vestidos, panos e tecidos ao vento, presos a jóias emprestadas, que por sua vez estão presos aos pescoços de manequins ambulantes.

Eles colocam a mão na cintura, abraçam o companheiro, esticam as laterais da bochecha para expor os dentes numa tentativa brochante de sorrir (alguns casos são apenas botox, mas fica difícil de diferenciar). É hora de James Cameron e sua cabeleira lesbo-setentista, junto com seu pelotão de bonecos de Olinda azulados, se esbaldar em prêmios. O Globo de Ouro de melhor filme e direção ele já levou. E sua ex-mulher – uma deusa da sexualidade perto de sua mulher atual – Kathryn Bigelow, com sua Guerra ao Terror, já levou o prêmio do Sindicato dos Diretores e tornou a disputa pelo Oscar acirrada. Mas e o Transformers 2: A Vingança dos Derrotados? E Maluca Paixão, a comédia romântica da mesma Sandra Bullock que ganhou o Globo de Ouro de melhor atriz? Continue reading »

fev 022010
 

A Cidade

Expulsos os três estudantes de medicina suspeitos de racismo

CI – Quem são estes desgraçados / Que não encontram em vós / Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz? (O Navio Negreiro – Castro Alves)

Gazeta Ribeirão

Saúde notifica imóvel fechado

CI – E os lixões abertos?

Folha de São Paulo

Banco Central vai regular salário do setor financeiro

CI – Será?

O Estado de São Paulo

Licença para usina no Rio Xingu sai com 40 exigências

CI – E mais algumas coisas…

O Globo

Banco Central  quer limitar salários de executivos de bancos

CI – Querer é poder!

Correio Braziliense

Inflação sobe. Para o brasiliense, peso é maior

CI – Excesso de consumo.

Valor Econômico

Cosan busca expansão no exterior junto com a Shell

CI – A bola da vez.

Jornal do Brasil

Ipanema tem a pior areia da Zona Sul

CI – Limpa!

Estado de Minas

Polícia caça assassino de mulheres

CI – De homens não.

Zero Hora

Arrecadação do Rio Grande do Sul fecha com recorde

CI – A Governadora que o diga.

CI – Comentário Inconfidente

fev 022010
 

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Porque temos a sensação de que o tempo passa cada vez mais rápido? (perguntado por Dhyana Teodoro)

Porque o tempo não para, já dizia o poeta marginal. Simples assim. Próxima pergunta.

Ainda estão aqui? Achei que talvez estivessem sem tempo para ler uma resposta mais elaborada. Agora terei que usar do meu tempo para fazê-la. Será que isso significa que os leitores estão roubando o tempo do Monge e pegando para si? Será que o tempo passa da mesma maneira para todos nós? É impressionante o quanto este assunto pode ficar confuso.

Para começar, o tempo é considerado a 4ª dimensão da matéria. Isto significa que os objetos existem não só nas 3 dimensões do espaço (comprimento, altura e largura), mas também na dimensão temporal, obrigatoriamente. Ou nas dimensões temporais, pois há quem considere que a interação do tempo com os objetos ocorre de maneira individual. Ou seja, cada um de nós – pessoas, árvores, baratas e sofás – existe em um tempo diferente. Dúvida: e se aplicarmos este conceito em larga escala? Não existiríamos todos no mesmo espaço-tempo do mundo em que vivemos? Ou da galáxia? Do universo? Complicado responder, muito cálculo no meio.

Mas vamos em frente que o tempo é curto. Seja individual ou coletiva, por que nossa sensação da passagem do tempo modifica-se conforme ele passa? Observe. A cada ano, todas as pessoas (ou a esmagadora maioria, porque sempre há quem quer ser exceção) compartilham da mesmo sentimento, a ser comentado nos botecos, padarias e reuniões de fim de ano da firma: este ano passou muito mais rápido do que o anterior, o tempo está voando cada vez mais. E embora seja mais um assunto banal para puxar conversa durante o mês de dezembro (além de comentar sobre como o tempo, o outro, esquentou bastante), sabemos que há um fundo de verdade nele.

Há mais de uma explicação para o fenômeno. Primeiro, a minha versão preferida (o Monge é apocalíptico): o tempo está diminuindo. Nossos aparelhos de contagem temporal não são capazes de mensurar esta mudança, já que a matéria como um todo é afetada por ela. E se o tempo acaba, a matéria deixa de existir. É o universo caminhando lentamente para o seu fim, refém da Entropia (conceito da Física usado para medir a desordem de um sistema). Os seres vivos conseguiriam sentir este movimento instintivamente, talvez pelo fato de que o final dos tempos é uma tremenda ameaça à sobrevivência. Mas isto é algo que ocorrerá em zilhões de anos, embora eles passem cada vez mais rápido. Ou em 2012, nunca se sabe.

A segunda explicação tem origem biológica. A percepção do tempo é um mecanismo cerebral, que utiliza como parâmetro o próprio tempo de vida do indivíduo. Ou seja, o ano de 2009 passou mais rápido do que o anterior tanto para a adolescente de 15 anos quanto para a senhora de 70, mas se pudéssemos medir a sensação de passagem do tempo para ambas, veríamos que para nossa querida vovó os dias voam mais depressa. Simplesmente porque ela já presenciou muito mais dias do que sua neta. Uma explicação plausível e objetiva (mas totalmente sem graça).

Por fim, não podemos deixar de lado mais um dos males do mundo pós-moderno: a vida está cada vez mais corrida. Na Era da informação em tempo real e do macarrão instantâneo, nos acostumamos com a velocidade. Buscamos sempre por tempo para fazer mais e mais coisas, não parando de acumular atividades. Quando o ano acaba, fica aquele sentimento de que deixamos de fazer metade do que queríamos, geralmente as coisas que realmente importam. E nisto não há Entropia ou experiência de vida que dê jeito.